2008-06-25

Mutilação intencional com máquina de cortar erva
Mais um crime perpetuado por um Ser com pouco de Humano ...

Recebi a informação que se segue:

Em Aveiro, um indivíduo esmagou as 4 patas a um pequeno cão pertencente a pessoas muito pobres, e deixou-o abandonado no local, vangloriando-se do seu feito perante terceiros.

O animal esteve em sofrimento mais de 24 horas até que foi encontrado pelo dono que pediu ajuda. Foi de imediato transportado para uma clínica veterinária por uma voluntária mas já não foi possível fazer nada por ele. Faleceu pouco depois.

Tal acto de crueldade choca qualquer pessoa éticamente bem formada e sensível ao sofrimento, independentemente da maior ou menor simpatia que tenha pelos animais.
A comunicação social desempenha - ou pode desempenhar, se o pretender - um importante papel na formação da consciência ética e cívica dos cidadãos noticiando actos reprováveis como o referido e a que ninguém moralmente bem formado pode ficar indiferente.
Aliás, a investigação criminal e as estatísticas demonstram que quem pratica crueldade contra os animais pratica-a também contra humanos, sobretudo contra os mais indefesos.
A maioria dos autores de homicídios, ofensas corporais graves, violação, abuso sexual de menores e roubos, começaram por praticar maus tratos contra animais, passando depois à família e por último a outros cidadãos. Por isso mesmo, as polícias, a nível mundial, tomam cada vez mais em consideração na investigação criminal a prática de crueldade contra animais por parte dos suspeitos.
A insensibilidade face ao sofrimento é igual, quer a vítima seja humana ou não humana, precisamente porque no sofrimento os animais sencientes não se distinguem dos humanos.

É errado pensar-se que a violência e crueldade contra animais é um problema menor entre os vários problemas sociais e que, por isso mesmo, não deve merecer atenção por parte dos meios de comunicação social.

A denúncia da crueldade contra animais além de contribuir para a formação da consciência ética dos cidadãos relativamente ao respeito pelo sofrimento dos animais, funciona também como prevenção da criminalidade contra as pessoas.

Mais informação:

A informação que no momento me foi dada pelo telefone foi aquela que imediatamente passei no mail a que faz referência.
Ontem fui informada por outra voluntária que a pessoa que presenciou os factos foi a própria dona do cão.
Disse que o cão ia a fugir da máquina com que o indivíduo estava a cortar a erva, que ele o encostou, cortou-lhe a pernas e disse: "esquece o cão grande que já lhe cortei as pernas e se não prendes o pequeno faço-lhe o mesmo".
Continuou a ceifar a erva como se nada fosse e foi-se embora deixando o cão precisamente no local onde o feriu, não obstante saber que os donos (pessoas que vivem numa barraca minuscula e nem têm o que comer) não tinham qualquer possibilidade de tratar do cão.
A dona cobriu o cão e deixou-o ficar pensando que mais minuto menos menos ele estaria morto. Mas como o cãozinho no dia seguinte ainda estava vivo e eles não tinham meios para o socorrer foram pedir ajuda e uma voluntária da PRAVI que foi imediatamente buscar o cão e levá-lo a uma clínica veterinária onde ele pouco depois acabou por falecer.

Fizémos participação ao SEPNA pela contra-ordenação, mas pelo crime só os donos podem apresentar queixa.

Fizeram-no da GNR de Cacia mas, ao que me informaram, não deram seguimento à queixa por eles não terem o cão registado, o que em meu entender, não lhes compete a eles, pois a prova de que o animal lhes pertençe pode ser testemunhal.

Caso queira contactar a GNR de Cacia o nº é: 234911284.

Outros contactos:
Donos do cão:
Joaquim Rodrigues de Oliveira Resende
Maria Cidália Carneiro Peixoto
Rua do Val Caseiro/Cacia

Autor do crime e da contra-ordenação:
Victor Pereira Marques
Rua das Roçadinhas/ Cacia
Voluntária que levou o cão ao veterinário:
Armanda Maria Pinto Ribeiro - 966 286 924
Voluntária que tem estado também a acompanhar o caso e que é dirige o polo da PRAVI em Aveiro:
Glória Afonso - 966 089 957